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IX Colóquio Nacional de História Cultural e Sensibilidades - Sertões: poder e representações
Informações no site: http://cnhc.ufrn.br/
A nona edição do Colóquio Nacional História Cultural e Sensibilidades, que ocorre anualmente, desde o ano de 2011, no Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Caicó/RN, evidencia o caráter consolidado do evento que tem por objetivo reunir professores e alunos de graduação e pós-graduação dedicados aos estudos em História Cultural. O Colóquio envolve a interdisciplinaridade e a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão, relacionando-as com necessidades mais contemporâneas acerca da formação acadêmica e das novas exigências advindas de noções mais contemporâneas sobre o conhecimento, enquanto constituído a partir de diferentes saberes e diferentes práticas. Destacamos que o evento proposto está inserido em discussões atuais acerca da pesquisa/ensino problematizador e da formação autônoma, critica e criativa de professores e pesquisadores, inclusive, também por articular de maneira interdisciplinar, através da História Cultural, disciplinas correlatas como, por exemplo, a antropologia, a geografia, sociologia e a pedagogia. Permitindo, assim, discussões a respeito de identidade, gênero, patrimônio material e imaterial, política,sociedade, ensino, história dos sertões. Discussões realizadas nas conferências, mesas redondas, simpósios temáticos. Para o ano de 2019, escolhemos como eixo problematizador a temática “Sertões: poder e representações”. A necessidade de pensar as representações não se vincula unicamente ao âmbito téorico e acadêmico, pois, elas nos ensinam como agir e ser no mundo, portanto, constroem práticas culturais.Entender como as representações são construídas permite desnaturaliza-las e questionar a sua legitimidade. No que tange ao conceito de poder, segundo recorte conceitual do evento, a proposta se aproxima das reflexões do filósofo Michel Foucault, ao romper com as definições clássicas do termo e compreendê-lo como uma rede de relações onde todos os indivíduos estão envolvidos, seja como receptores ou geradores. Isto é, o poder não é compreendido por nós como centralizado e reconhecido em uma determinada instituição ou Estados. De outro modo, decorre como uma relação de forças e não como algo passível de ser cedido a um governante. Destacamos que a realização do evento em uma unidade da UFRN localizada no interior do Estado, o que favorece a política de interiorização do Ensino Superior, preocupação institucional que busca atender à política de extensão das universidades brasileiras.
Att.
Thales Lordão
Secretário do MHIST