Departamento e Colegiado de História da UFBA

HISTÓRIA

XLIX Seminário de Pesquisa(Resultados de uma Pesquisa sobre Carnaval em Periódicos)

XLIX  Seminário de Pesquisa

Resultados de uma Pesquisa sobre Carnaval em Periódicos

Coordenação: Milton Moura

 

  • O que é Carnaval Elétrico?

O mal-estar da modernização do Carnaval de Salvador (1983-85, 1971 e 1972)

Caíque Chung Dias Lawinsky

 

É sabido, por meio dos periódicos da época, que o Carnaval de Salvador se inseria (possivelmente, ainda se insere) numa dinâmica festiva mais ampla, que, sob a estação do verão, aparecia como Ciclo de Festas Populares. Sendo assim, a narrativa expressara que a festa "momesca" se caracterizava como um desdobramento do Ciclo. No entanto, há registros no jornal A Tarde, da década de 80, que desvelam o açambarcamento do Carnaval nos festejos populares; como se a parte tomasse o todo. Precisamente, as fontes primárias, amiúde, constroem enredos de tensão entre uma forma parcimoniosa de festejar detentora de feição campesina, pacata – porquanto ordenada – e outra que se subleva sempre em multidões, em coletivos que, de maneira extática, se encontram avessos à ordem. Ao passo que o primeiro e mais antigo modo de festejo é personificado na capoeira e no samba de roda e o segundo, visto como inédito, na figura do trio elétrico. Colunistas expressam mal estar com a eletrificação do Carnaval; “Samba de roda perde a tradição na Ribeira”; “Festa de Itapuã está perdendo tradição”. Essa tensão não se limita ao discurso dos que escrevem; houve uma “grita” na Lavagem de Itapuã, em 1983, quando os trios foram postos à frente do cortejo das “baianas” e dos Filhos de Gandhi, foi necessária a intervenção da Federação do Culto Afro para “organizar” o cortejo. Em síntese, a razão de ser dessa comunicação é expor as dúvidas de um pesquisador. Como é possível interpretar esse discurso saudosista e essa prática de controle do Carnaval Elétrico?

 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=gjSvNr2B7rw

 

  • Aspectos do carnaval de Salvador no periódico "Tribuna da Bahia" em 1974

Eric Lima Bottas Peixoto

 

Diversas são as reflexões que podem ser desenvolvidas a partir da análise do Periódico "Tribuna da Bahia". Percebemos desde uma forte exaltação do consumo de álcool, demonstrando o caráter sacro-profano das festividades que compõe o circuito carnavalesco, até a constante presença de discursos glorificando os antigos carnavais. Enquanto isso, nota-se a tentativa de se retirar de cena determinados grupos que historicamente o compunham, como as escolas de samba. Demonstrando assim as complexas relações entre o tradicional e o moderno no carnaval de Salvador.

 

Link: https://youtu.be/Ipe_RakWJ4s

  • A (des)construção das “verdadeiras” festividades carnavalescas

a partir do Diário de Notícias (1950/51)

Enzo Lago do Nascimento

 

Durante o período de análise das publicações relacionadas às festividades carnavalescas de Salvador a partir do Diário de Notícias (1950/51), foram muito recorrentes expressões como “o verdadeiro carnaval” ou “um verdadeiro préstito a Momo”, como se existissem as festas verdadeiras e as falsas – sendo o DN aquele que possui a prerrogativa de definir quem é o que. Neste sentido, para melhor compreender o periódico estudado, foi quase inevitável questionar: e quais seriam as características das tais festividades verdadeiras?

 

Link: https://youtu.be/s8O7rmwKpmo

 

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